
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, e tem como função metabolizar a glicose (açúcar no sangue) para produção de energia corporal.
Em pacientes com qualquer disfunção na produção de insulina, em que haja pouca ou nenhuma produção deste hormônio – como nos casos de Diabetes – é fundamental fazer a sua reposição.
Quais são os tipos de insulina para o tratamento da Diabetes?
Atualmente, existem diversos tipos de insulina para o tratamento de Diabetes. De forma geral, as insulinas disponíveis se diferenciam por dois fatores principais:
- Pelo tempo em que ficam ativas no corpo;
- Pelo tempo que levam para começar a agir;
É importante dizer que o tratamento com a insulina deve ser totalmente individualizado, ou seja, se ajustar ao estilo de vida e às necessidades de cada paciente. Por isso, a indicação do Endocrinologista e o acompanhamento médico é essencial para o sucesso do tratamento.
A forma de aplicação das insulinas atuais é injetável, por meio de bomba de infusão contínua, seringa ou de canetas de aplicação , que podem ser permanentes ou descartáveis.
A modernidade da insulina inalável
Uma boa notícia para os pacientes diabéticos é a liberação, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), das insulinas inaláveis, que não precisam ser injetadas para surtirem efeito. A alternativa terapêutica foi aprovada no mês passado (em junho de 2019), mas ainda não tem data prevista no Brasil para comercialização.
A nova insulina, chamada Afrezza®, é comercializada em pó, com três tipos diferentes de dosagem. Por meio de um inalador, o paciente encaixa um cartucho e faz a aspiração do pó, que é levado ao pulmão e absorvido pela corrente sanguínea, para reduzir os níveis de glicemia.
A Insulina inalável substitui a injetável?
Infelizmente não. É FUNDAMENTAL que os pacientes entendam que a insulina inalável não é indicada em todos os casos e nem sempre irá substituir todas as injeções. Pacientes com problemas pulmonares como asma, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e fibrose pulmonar, além de fumantes, não podem utilizar esse tipo de insulina. Além disso, o uso também não é recomendado a menores de 18 anos, já que o produto não foi estudado em pacientes desta faixa etária.
Em contrapartida, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a insulina inalável tem como benefício a ação mais rápida do que a insulina administrada de forma subcutânea, podendo ser absorvida pela pele entre 30 a 40 minutos, com seu efeito de duração até 5 horas.
Os prós e contras – Fonte: SBEM
Prós:
- Reduz número de injeções;
- Mais fácil de armazenar e transportar (não exige refrigeração);
- Fácil manuseio: basta inserir cartucho com insulina em pós em um inalador;
- Formato que cabe na palma da mão;
- Ganho na qualidade de vida: favorece a aplicação numa ocasião social, por exemplo, além de reduzir número de picadas.
Contras:
- Não substitui todas as aplicações diárias;
- Não é recomendada para menores de 18 anos;
- Há restrições para pacientes com problemas pulmonares (fumantes, asmáticos);
- Há menos opções para titulação da dosagem.